domingo, 19 de setembro de 2010

A Véspera da Prova: Tortura Mental


Olá concurseiros! Como estão todos?
Pessoal, no mês passado, fiz uma prova de um concurso. Gente, a maratona é muito estressante. Primeiro, porque vai chegando a prova e você começa a perceber que por mais que tenha estudado muito, há muitas coisas que, provavelmente, ficarão porcamente estudadas, pela falta de tempo. O problema é que o conteúdo é muito extenso e mesmo que você esteja estudando há meses, é impossível decorar tudo. Já li em um livro que o cérebro vai descartando aquilo que não é usado. Aí é que tudo complica. Temos que recordar milhões de vezes a mesma coisa e, ainda assim, metade vai para o ralo da memória. Na última semana antes da prova, comecei a estudar tudo feito uma bala, mas não tem como rever tudo em uma semana. Além disso, quando a prova vai ficando próxima, bate aquela paranóia generalizada. Deve ser a ansiedade. O coração começa a bater mais acelerado. Não sei vocês, mas eu começo a pensar mil coisas nos dias anteriores: ai que medo de ter uma diarréia na prova, não posso comer nada diferente no sábado; ai que medo de esquecer algum documento, tenho que organizar tudo na sexta; ai que medo de ter dor de cabeça, não posso esquecer o analgésico; ai que medo de o carro quebrar ou furar o pneu no caminho; e, para mim, o pior de todos os medos: perder a hora quando a prova é de manhã. Eu tenho um sono muito profundo e tenho muito medo de perder a hora, mesmo colocando cinco despertadores (celulares de toda a família, televisão, relógio de mesa). Só que aí, devido ao medo de não acordar, surge outro problema: a dificuldade para dormir na noite anterior à prova. Se eu disser para o meu cérebro: você tem que dormir agora porque amanhã vai acordar cedo, aí é que eu não durmo de jeito nenhum. Rolo de um lado a outro na cama, começo com as neuras e não durmo. Vejo que a hora está passando e eu ainda estou acordada. Começa a dar um desespero. Quase começo a gritar: “durma logo, que droga!”. Parece birra da minha mente, tudo por causa daquele medo de perder a hora no dia seguinte. Então, o sono pesado de todos os dias desaparece e quando consigo dormir, é aquele sono leve, no qual acabo acordando a todo instante, pensando que já é hora de levantar. Assim, durmo pessimamente mal e faço a prova com metade do desempenho que teria se a prova fosse à tarde. É frustrante demais porque você espera tanto tempo e quando chega a hora, vê que poderia ter sido melhor. E isso acaba se repetindo em todos os concursos. Ainda não aprendi a lidar com a tortura mental pré-prova.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

M de Matemática. M de Maldita


Olá amigos!
Estou bastante revoltada com um fato que venho observando. Agora virou moda cobrar questões de matemática nas provas de analista judiciário - área judiciária. O motivo da minha revolta é simples: sempre detestei matemática. Nunca fui bem nessa matéria. Na época do colégio, passava de ano sem ficar de recuperação graças a muito estudo, mas com grandes dificuldades. Quando decidi fazer faculdade, resolvi escolher um curso no qual passasse longe da maldita. Por isso, escolhi fazer Direito. Na época em que fiz o curso, até mesmo o raciocínio lógico já estava fora da grade de matérias. Assim. certa de que não teria que olhar para a cara da maldita, escolhi esse curso. Agora, depois de formada, querem descer essa merda na nossa goela. Não acho justo, ou pior, não acho coerente. Se o cargo é para analista de Direito, eles tem que cobrar apenas as matérias referentes ao curso de Direito. Andei vendo editais de concurso e não vi, no conteúdo de prova de analista médico, psicólogo, etc., cobrarem matemática. Então, parece-me, no mínimo, inadequado cobrar matemática em prova de analista de Direito. Como diz o ditado: cada macaco no seu galho, cada um na sua. Essa matéria já me prejudicou muito em dois concursos que prestei. Desse jeito, não vou ter mais chance. É obvio que colocaram esse empecilho para peneirar melhor os candidatos, afinal, quem formado em Direito é bom em matemática? Uma minoria, eu posso garantir. Cobrar raciocínio lógico, acho até aceitável, mas matemática não.
Restando claro que a situação é inaceitável, o que fazer? Não temos nem para quem reclamar...Aceitar? Talvez seja a solução, mas, para mim, é mais fácil desistir, partir para outra. Por que meus pais não me colocaram no Kumon quando eu era criança? Talvez já estivesse nomeada agora.
Já que toquei no assunto “matéria de edital”, vou despejar o resto. Acho edital de concurso um horror, principalmente no que diz respeito ao conteúdo a ser estudado. Não há clareza na exposição das matérias. Acho isso uma tremenda falta de respeito. Deveria haver uma lei dispondo claramente sobre regras de editais de concurso. Dentre essas regras, deveria haver uma dispondo que o edital é obrigado a informar os números exatos de todas as leis cobradas, bem como os artigos (ex: do artigo X a Y) e se cobrar doutrina, deveria ser obrigatório informar a bibliografia completa. O que estão fazendo com os concurseiros, ultimamente, é muita falta de respeito e de honestidade. Nós pagamos caro para fazer as provas e deveríamos ter um tratamento melhor. Parece que é tudo feito de caso pensado, principalmente a falta de clareza dos editais, para favorecer sabe-se lá quem.
É amigos, está difícil! Assim não dá!